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quinta-feira, 7 de abril de 2011

Artigo sobre 'porre' de informações do mundo moderno...divirtam-se

              Assustadoramente posso eu carregar toda uma cultura, uma sociedade, o mundo por inteiro na ponta do indicador. Para acessar essa trouxa informativa, basta um toque e o monitor é possuído por informações. Posso inclusive folhear e enrolar noticias e estatísticas e enfiá-las no bolso. Todo um contexto paira gratuitamente no ar pelos rádios, tvs e intrigantes. Socorram minha memória e lixeira mentais! Elas se afogam em dados.

              Seis contas de e-mail, perfil no Orkut, estamos no msn, no Skype, inúmeros jornais, revistas novas aparecendo e reaparecendo. Temos dois celulares, telefone fixo, saímos da frente do computador no trabalho, para ficar na frente do computador ou TV em casa. Trabalhos dão cada vez mais trabalho para serem cumpridos graças à multiplicidade e ao tempo tomado pelas informações antiquadas

              Nessa nevasca de meios e fatos, não vemos um palmo à frente. O exagero impera e “aparece, em todos os campos da vida cultural, mas com força redobrada nos meios de comunicação massivos”. Concordo com Erich Felinto. E nós, donos de 10% de nosso cérebro, não absorvemos tudo que nos vêm.

              Mentes se me disseres nunca ter opinado na Internet ou folhetim. Em forma de comentário ou artigo, em blogs, na wikipédia. Disseminar conhecimentos é tão fácil quanto distorcê-los. Nessa multidão de informações (distorcidas talvez) temos de avistar aquilo que queremos. Haja paciência e mãos de peneira. E das boas.

               Notícias são tão efêmeras quanto picolés no verão. Vejamos as “noticias minuto a minuto” de grandes sites jornalísticos. Umas são, a todo instante, encobertas por retificações e porcentagens distintas. Ficamos cambaleantes com tanto ''porre'' de informações. Viremo-nos para onde quisermos. Em todo lugar há o mesmo assunto, mas dados conflitantes. A qual se agarrar?

                Estou doente, dor de cabeça, febre, dor no corpo...médico é coisa do passado. A Internet diz ser uma simples virose...Ufa, dengue não é. E mais tarde, outra guinada na estatística. Hoje, qualquer patologia pode ser estudada pela rede ou revista. Nisso, a resposta encontrada pode ser terrivelmente superficial ou levar a outros problemas pela auto-receita ou digamos, pela mente de quem crê nestas auto-consultas online.

                “Café com pão\ café com pão\ café com pão”. E os trilhos modernos se vão cada vez mais rápidos, acolhendo, em sua trajetória, mais e mais notícias, dados, baboseiras. É inevitável. E agora? Inutilidades também imperam. O que fazer quando a ajuda se torna empecilho?

(K)

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