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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Do baú III. Bizóie.

Mais uma pequena descrição, esta de um momento discreto e quase passado em branco por muita gente. Enjoy it!

Foto de fevereiro de 2011, a lua com uma aura muito especial.

               A noite seguia alta. A casa calada. Asfalto em respiração profunda... Era a vez de apenas a dama lua brilhar. E brilhava intensamente, iluminando com um delicado véu de luar cada minúscula pedra branca do jardim. Em alguns minutos secretos, vou eu vislumbrá-lo silenciosamente.
               À noitinha, enquanto a casa vaga em sono profundo, caminho ao jardim para servir-me do sedoso luar oferecido pela preciosa. Os raios frios penetram na escuridão e clareiam o chão de pedrinhas cintilantes, reflete nas águas em reboliço da fonte, exibindo suas coreografias. Sinto as caricias da brisa noturna, como se convidassem a ficar; ouço os murmúrios das águas, algumas badaladas do sino dos ventos, e uma cigarra solitária a serenar.
                Estendo a rede e me deito, ou talvez me sento à beira da fonte e me ponho a navegar em pensamentos. Curto o gostoso balanço rítmico ou brinco com as alfaces da água. Enquanto isso, as estrelas sorriem no céu e piscam a quem as quiser prestigiar. A senhorita lua irradia com delicadeza toda sua paixão. Tudo se torna belo, acredito na felicidade das pessoas, nas soluções para o mundo. Passo então, a enxergar com olhos que só vêem em esperança.  

(K)

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