Muitas vezes nos embaralhamos, admiramos diversas setas que levam a várias direções até juntar tudo e colocar ao encontro do que brilha em nosso interior.No início, para se ter um ponto de partida, para se dar os primeiros passos dentro de um mundo desconhecido, acabamos por olhar através dos olhos de um mestre.
No entanto, logo mais, caminhar com as próprias pernas é preciso; se desprender desta grande seta primária, buscar ser seu próprio farol e mestre dos próprios pés.
domingo, 4 de setembro de 2011
Nos primeiros passos da caminhada
sábado, 6 de agosto de 2011
Amor e desamor
Sobre imposição de uma vontade e desamor. Um pouco da vivência sobre o amor. Uma de suas facetas.
" Saber amar é compreender o outro em seu pior momento, não em seu melhor.
É fácil exigir do outro uma melhora visto que isso irá proporcionar prazer para nós mesmos, já que é sempre agradável ter a companhia de uma pessoa feliz.
Nos iludimos ao pensar que querer o bem é a melhor coisa que possamos desejar para o outro. Mas na minha opinião, o ato mais raro e com maior potencial de cura é simplesmente sentar ao lado de um ser desestruturado sem exigir dele nada. Somente uma companhia sem julgamentos e exigências pode ver a beleza e pode admirar alguém em seu pior momento. É sempre mais fácil caçar outro alvo para começar de novo a rotina de projeções idealísticas.
Um momento de silêncio, um consentimento é talvez o único remédio para uma alma angustiada, para um caos existencial personificado."
Querer se resolver com o outro e o outro não lhe dar a oportunidade. Isso é algo comum. Quase que se culpa o outro por não lhe permitir uma pacífica resolução. Querer que tudo se resolva neste momento entre si e o outro. É muito mais fácil exigir e julgar a situação do outro não sendo ele. Querer que tudo fique bem para não mais haver esta angústia, este mal estar. Isso não soa egóico demais? E se o outro ainda não estiver preparado? Exigir do outro uma postura de boa ação...é terrível. Cada um tem seu tempo de digerir as coisas, o que não quer dizer que não pretenda chegar à paz, ao entendimento.
Nos iludimos ao pensar que querer o bem é a melhor coisa que possamos desejar para o outro. Mas na minha opinião, o ato mais raro e com maior potencial de cura é simplesmente sentar ao lado de um ser desestruturado sem exigir dele nada. Somente uma companhia sem julgamentos e exigências pode ver a beleza e pode admirar alguém em seu pior momento. É sempre mais fácil caçar outro alvo para começar de novo a rotina de projeções idealísticas.
Um momento de silêncio, um consentimento é talvez o único remédio para uma alma angustiada, para um caos existencial personificado."
Querer se resolver com o outro e o outro não lhe dar a oportunidade. Isso é algo comum. Quase que se culpa o outro por não lhe permitir uma pacífica resolução. Querer que tudo se resolva neste momento entre si e o outro. É muito mais fácil exigir e julgar a situação do outro não sendo ele. Querer que tudo fique bem para não mais haver esta angústia, este mal estar. Isso não soa egóico demais? E se o outro ainda não estiver preparado? Exigir do outro uma postura de boa ação...é terrível. Cada um tem seu tempo de digerir as coisas, o que não quer dizer que não pretenda chegar à paz, ao entendimento.
domingo, 31 de julho de 2011
terça-feira, 26 de julho de 2011
Avô. Isquemia. Segunda lição
O que podemos aprender em meio ao caos?
Segunda lição: "uma gota de chuva pode revigorar todo um oceano".
Como disse, o neurologista que enfim diagnosticou a isquemia de meu avô é amigo da família. Ele se tornou praticamente parte dela graças ao seu dom.
Por causa deste neurologista meu irmão fora enfim diagnosticado e medicado corretamente: sempre atualizado, descobriu a Meningite Viral da Dengue em meu irmão, quando pouco se falava nela (apenas algum tempo mais tarde a tal doença seria notificada aos gritos pela mídia nacional). Se não fosse por sua sensibilidade, meu irmão teria sido a primeira vítima de Meningite Viral por Dengue em nossa cidade.
Graças ao mesmo médico minha mãe conseguiu a medicação certa após anos de busca, erro e sofrimento. E é graças a ele que muitos recebem atenção nos hospitais em horários nada convencionais como antes das 6h da manhã e depois das 22h da noite. Estes são apenas casos mais próximos de mim, casos dos quais eu posso falar sobre.
Vimos que este médico era o curinga do hospital quando meu irmão esteve internado por uma semana com a tal meningite. Podia-se contar com sua presença todos os dias antes e depois do expediente convencional, como já disse. Para mim, meu irmão e minha mãe, ele era a luz que chegava sempre, nos esclarecendo as dúvidas do tratamento e da doença.
Minha mãe, coruja como ela, repetia sempre as mesmas perguntas até ter segurança do que ouvia; tanto eu quanto meu irmão ficávamos encabulados de tanto que ela era repetitiva e ''neurótica''. E por incrível que pareça, este médico respondia a cada uma das mesmas perguntas como se estivesse sendo feita pela primeira vez; às vezes até mudando as palavras para facilitar o entendimento. E toda essa paciência existia mesmo naqueles horários inconvencionais: antes das 6h e depois das 22h.
Vimos também como atende o primeiro e o último paciente do dia da mesma maneira. Vimos isso nas visitas que fazia inconvencionalmente ao meu irmão no início e no fim do dia. Tinha tato, sabia a hora certa de falar, de fazer rir, sabia o que e a quem falar, era sempre educado e atencioso com todos, e olhava tanto o paciente quanto o acompanhante nos olhos, sempre ouvindo atentamente ao que diziam. E vê-se que se interessa por cada caso, sente prazer no que faz. Todos no hospital o admiram.
E são seres assim, em meio à maioria cinzenta, que nos nutre. E nutre ainda mais quem quer seguir de coração na área da saúde, nos mostrando que é possível fazer a diferença, que "uma gota de chuva é capaz de revigorar todo um oceano".
Sim, nem tudo são uma mar de rosas...penso em seu ritmo de vida um tanto exagerada, apesar de nutridora para si...imagino se tem tempo para sua família, filho, esposa...na vida de sacrifícios...se há equilíbrio. No entanto, com um pouco mais de temperança, vemos que seus pequenos e grandes atos fazem total diferença.
(Obs: desculpem, mas omiti nomes e diagnósticos.)
Segunda lição: "uma gota de chuva pode revigorar todo um oceano".
Como disse, o neurologista que enfim diagnosticou a isquemia de meu avô é amigo da família. Ele se tornou praticamente parte dela graças ao seu dom.
Por causa deste neurologista meu irmão fora enfim diagnosticado e medicado corretamente: sempre atualizado, descobriu a Meningite Viral da Dengue em meu irmão, quando pouco se falava nela (apenas algum tempo mais tarde a tal doença seria notificada aos gritos pela mídia nacional). Se não fosse por sua sensibilidade, meu irmão teria sido a primeira vítima de Meningite Viral por Dengue em nossa cidade.
Graças ao mesmo médico minha mãe conseguiu a medicação certa após anos de busca, erro e sofrimento. E é graças a ele que muitos recebem atenção nos hospitais em horários nada convencionais como antes das 6h da manhã e depois das 22h da noite. Estes são apenas casos mais próximos de mim, casos dos quais eu posso falar sobre.
Vimos que este médico era o curinga do hospital quando meu irmão esteve internado por uma semana com a tal meningite. Podia-se contar com sua presença todos os dias antes e depois do expediente convencional, como já disse. Para mim, meu irmão e minha mãe, ele era a luz que chegava sempre, nos esclarecendo as dúvidas do tratamento e da doença.
Minha mãe, coruja como ela, repetia sempre as mesmas perguntas até ter segurança do que ouvia; tanto eu quanto meu irmão ficávamos encabulados de tanto que ela era repetitiva e ''neurótica''. E por incrível que pareça, este médico respondia a cada uma das mesmas perguntas como se estivesse sendo feita pela primeira vez; às vezes até mudando as palavras para facilitar o entendimento. E toda essa paciência existia mesmo naqueles horários inconvencionais: antes das 6h e depois das 22h.
Vimos também como atende o primeiro e o último paciente do dia da mesma maneira. Vimos isso nas visitas que fazia inconvencionalmente ao meu irmão no início e no fim do dia. Tinha tato, sabia a hora certa de falar, de fazer rir, sabia o que e a quem falar, era sempre educado e atencioso com todos, e olhava tanto o paciente quanto o acompanhante nos olhos, sempre ouvindo atentamente ao que diziam. E vê-se que se interessa por cada caso, sente prazer no que faz. Todos no hospital o admiram.
E são seres assim, em meio à maioria cinzenta, que nos nutre. E nutre ainda mais quem quer seguir de coração na área da saúde, nos mostrando que é possível fazer a diferença, que "uma gota de chuva é capaz de revigorar todo um oceano".
Sim, nem tudo são uma mar de rosas...penso em seu ritmo de vida um tanto exagerada, apesar de nutridora para si...imagino se tem tempo para sua família, filho, esposa...na vida de sacrifícios...se há equilíbrio. No entanto, com um pouco mais de temperança, vemos que seus pequenos e grandes atos fazem total diferença.
(Obs: desculpem, mas omiti nomes e diagnósticos.)
Avô. Isquemia. Emergência. Primeira lição
Hoje meu avô materno teve uma isquemia. Assustou toda a família, que ficou com ele das 19h às 23h apenas para descobrir o que acontecera com ele.
Primeiro, senti queimar na pele o que é o plano de saúde por detrás de sua máscara.
Há muito ouço falar de sua decadência, mas "quem nunca viveu a verdade, não sabe o que ela é de fato". E o plano particular é mesmo muito falsamente eficiente e é preciso muito para que ofereça apoio ao paciente e seus acompanhantes. Talvez o que eu vá falar não seja nada de novo, infelizmente.
Foi decepcionante ficar plantada com meus familiares do lado de fora da emergência por quase 1h sem notícia alguma de meu avô. Não vimos um sinal de calor e acolhimento em um local onde só há pessoas aflitas e angustiadas, e isso é irônico. E foi duro ver, mais tarde, meu avô tentar se sentar na maca por algum incômodo que não conseguía nos dizer por não poder ainda falar direito (consequência temporária da isquemia), e ainda assim ver os médicos e enfermeiros passarem por ele e apenas observarem, sem nada checar ou perguntar, sem se importar com o bem estar de meu avô, como se apenas o médico que o acompanhou de início tivesse o poder sobre ele.
Senti mesmo uma hierarquia muito forte e uma posse irracional de pacientes: o médico de plantão não nos deixou chamar o cardiologista de meu avô, nem ao menos avisá-lo sobre meu avõ. E quanto aos enfermeiros, eles quase dizem 'sim senhor' ao médico e, não importa a circunstância ou o incômodo do paciente, fazem apenas o que o médico lhes mandou enquanto poderiam ao menos elevar um pouco a cabeceira da maca, umedecer os lábios que estavam secos, dizer alguma coisa (o silêncio nessas horas é doloroso), falar e rir mais baixo...se isto é ser enfermeiro, me desculpem, mas com que argumentos vocês pedem respeito?
Também ficamos num vaivém infernal. Ao menos meu avô matou todas as lombrigas de quando era criança e enfim passeou de ambulância, como depois me disse hahaha.O plantonista nos mandou para um outro hospital, pois onde estávamos não havia tomografia. Fomos, meu avô fez o exame e tivemos de retornar ao primeiro hospital. Foi pedido internação e tivemos de retornar para o hospital de onde tínhamos acabado de voltar (por que já não o deixaram ali antes eu não sei, fora o fato do plantonista DELE estar lá, no outro hospital). Ali ele esperou -e muito- por um médico até que, por algum feliz acaso, um neurologista conhecido da família apareceu ali e acabou observando os exames, diagnosticando a isquemia e medicando temporariamente meu avô. Tanto vaivém e espera para só depois de 4h sabermos, por um acaso, o que havia acontecido com meu avô. E graças a Deus não era nada tão grave. Era reversível.
E pensei na agonia de meu avô e no medo que estava sentindo pois durante todos os passeios de ambulância não sabíamos nada ainda sobre seu estado de saúde, o que havia acontecido e o que aconteceria. Não tínhamos nada para lhe dizer, apenas que tudo ficaria bem.
E para mim, o fato de ele querer se sentar sempre não era apenas por desconforto ( pois sempre movimentávamos seus membros, massageávamos e ele se virava para cuidarmos de suas costas). Acredito que o fato de estar deitado o deixava passivo e ele estava assustado demais para ficar naquela posição insegura. Segurávamos em suas mãos e ele as acariciava com os dedos. Jamais o vi fazer isso antes.
Mas o que mais marcou foi a falta de humanidade no local que mais humano deveria ser. Os médicos parecem se lembrar de notificar a família apenas quando há más notícias. E quando não há más notícias a serem dadas, os entes ficam se torturando à toa com a idéias de algo ruim estar acontecendo. Não há um olhar e um toque dizendo que qualquer coisa ele\a estará ali, que qualquer dúvida ou pergunta, ele\a estará ali e que ele\a fará de tudo para tudo ficar bem. Ao invés disso, recebemos desprezo e ira em troca de tantas perguntas. Mas felizmente há exceções, ainda que poucas.
Talvez haja algo por detrás disso que os faça ser assim. Não tenho como culpar algo ou alguém, apenas dizer quais são as falhas que presenciei. E depois de tudo por que passamos, penso nas unidades públicas de saúde...e nas pessoas que como nós ficam aflitas, mas que têm mesmo uma notícia ruim a receber no final...e penso com uma terrível angina no peito que o que passamos não foi nada demais, nada mesmo...
Hoje observei duas coisas, e as dividirei em duas postagens.
Primeiro, senti queimar na pele o que é o plano de saúde por detrás de sua máscara.
Há muito ouço falar de sua decadência, mas "quem nunca viveu a verdade, não sabe o que ela é de fato". E o plano particular é mesmo muito falsamente eficiente e é preciso muito para que ofereça apoio ao paciente e seus acompanhantes. Talvez o que eu vá falar não seja nada de novo, infelizmente.
Foi decepcionante ficar plantada com meus familiares do lado de fora da emergência por quase 1h sem notícia alguma de meu avô. Não vimos um sinal de calor e acolhimento em um local onde só há pessoas aflitas e angustiadas, e isso é irônico. E foi duro ver, mais tarde, meu avô tentar se sentar na maca por algum incômodo que não conseguía nos dizer por não poder ainda falar direito (consequência temporária da isquemia), e ainda assim ver os médicos e enfermeiros passarem por ele e apenas observarem, sem nada checar ou perguntar, sem se importar com o bem estar de meu avô, como se apenas o médico que o acompanhou de início tivesse o poder sobre ele.
Senti mesmo uma hierarquia muito forte e uma posse irracional de pacientes: o médico de plantão não nos deixou chamar o cardiologista de meu avô, nem ao menos avisá-lo sobre meu avõ. E quanto aos enfermeiros, eles quase dizem 'sim senhor' ao médico e, não importa a circunstância ou o incômodo do paciente, fazem apenas o que o médico lhes mandou enquanto poderiam ao menos elevar um pouco a cabeceira da maca, umedecer os lábios que estavam secos, dizer alguma coisa (o silêncio nessas horas é doloroso), falar e rir mais baixo...se isto é ser enfermeiro, me desculpem, mas com que argumentos vocês pedem respeito?
Também ficamos num vaivém infernal. Ao menos meu avô matou todas as lombrigas de quando era criança e enfim passeou de ambulância, como depois me disse hahaha.O plantonista nos mandou para um outro hospital, pois onde estávamos não havia tomografia. Fomos, meu avô fez o exame e tivemos de retornar ao primeiro hospital. Foi pedido internação e tivemos de retornar para o hospital de onde tínhamos acabado de voltar (por que já não o deixaram ali antes eu não sei, fora o fato do plantonista DELE estar lá, no outro hospital). Ali ele esperou -e muito- por um médico até que, por algum feliz acaso, um neurologista conhecido da família apareceu ali e acabou observando os exames, diagnosticando a isquemia e medicando temporariamente meu avô. Tanto vaivém e espera para só depois de 4h sabermos, por um acaso, o que havia acontecido com meu avô. E graças a Deus não era nada tão grave. Era reversível.
E pensei na agonia de meu avô e no medo que estava sentindo pois durante todos os passeios de ambulância não sabíamos nada ainda sobre seu estado de saúde, o que havia acontecido e o que aconteceria. Não tínhamos nada para lhe dizer, apenas que tudo ficaria bem.
E para mim, o fato de ele querer se sentar sempre não era apenas por desconforto ( pois sempre movimentávamos seus membros, massageávamos e ele se virava para cuidarmos de suas costas). Acredito que o fato de estar deitado o deixava passivo e ele estava assustado demais para ficar naquela posição insegura. Segurávamos em suas mãos e ele as acariciava com os dedos. Jamais o vi fazer isso antes.
Mas o que mais marcou foi a falta de humanidade no local que mais humano deveria ser. Os médicos parecem se lembrar de notificar a família apenas quando há más notícias. E quando não há más notícias a serem dadas, os entes ficam se torturando à toa com a idéias de algo ruim estar acontecendo. Não há um olhar e um toque dizendo que qualquer coisa ele\a estará ali, que qualquer dúvida ou pergunta, ele\a estará ali e que ele\a fará de tudo para tudo ficar bem. Ao invés disso, recebemos desprezo e ira em troca de tantas perguntas. Mas felizmente há exceções, ainda que poucas.
Talvez haja algo por detrás disso que os faça ser assim. Não tenho como culpar algo ou alguém, apenas dizer quais são as falhas que presenciei. E depois de tudo por que passamos, penso nas unidades públicas de saúde...e nas pessoas que como nós ficam aflitas, mas que têm mesmo uma notícia ruim a receber no final...e penso com uma terrível angina no peito que o que passamos não foi nada demais, nada mesmo...
terça-feira, 19 de julho de 2011
Jardim velado de lugar nenhum
Lado a lado, eles plantam-se emoções cheirosas e multicoloridas, e no céu fazem brilhar mornos raios de sol. Num piscar de olhos, na eternidade, aquele jardim infinito e velado era cultivado. E majestosa, no coração desse lugar infinito, uma frondosa e imponente árvore, toda feita de milagres.
Alguns sabem o segredo de como se chegar lá, de ir de onde existe o tempo e o abismal espaço para onde não há mensuras, onde as almas em mundos diferentes compartilham do mesmo por-do-sol lado a lado.
Alguns sabem o segredo de como se chegar lá, de ir de onde existe o tempo e o abismal espaço para onde não há mensuras, onde as almas em mundos diferentes compartilham do mesmo por-do-sol lado a lado.
domingo, 10 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
A Coruja de Minerva alça voo.
A luz da sabedoria tem um momento para surgir? Será que apenas o sofrimento tem o poder de nos fazer conhecer a verdade?
"A coruja de Minerva alça seu voosomente com o início do crepúsculo".
(O filósofo alemão Friedrich Hegel, em sua obra "Princípios da filosofia do direito")
segunda-feira, 4 de julho de 2011
terça-feira, 28 de junho de 2011
O quê?
Certas coisas já não consigo por em palavras, coisas que eram tão explicativas e definíveis. Agora que as vivo e que fazem parte de mim, que as sinto, não mais consigo pô-las no papel. Passar tais coisas de dentro para fora, garganta a fora, ou rabiscos a fora is just like pass an elefant through a niddle.
Talvez precise de uma agulha maior!
Talvez precise de uma agulha maior!
(K)
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Conter o sofrimento do outro ou permiti-lo. Como fica a liberdade aqui?
Já viu alguém próximo de você na eminência de cometer os mesmos erros que você e se indagou sobre deixá-lo ter sua experiência ou impedi-lo de ter as mesmas dores que você?
Angústia e o seu brilho
Os momentos de angústia, de pedras entaladas na garganta, peito pesado e ofegante, de busca pela saída que dá para a luz, são tão ricos quanto dolorosos, são especiais e odiados.
É uma oportunidade de chorar as lágrimas que há tempos guarda dentro de ti, em lugares até esquecidos, pesando e pesando. E tempo de parar e dar atenção às suas perguntas, seus juízos, perguntar-se 'como estou' e 'quem sou agora' ?
É uma oportunidade de chorar as lágrimas que há tempos guarda dentro de ti, em lugares até esquecidos, pesando e pesando. E tempo de parar e dar atenção às suas perguntas, seus juízos, perguntar-se 'como estou' e 'quem sou agora' ?
quarta-feira, 22 de junho de 2011
sexta-feira, 17 de junho de 2011
sábado, 11 de junho de 2011
Energias masculina e feminina, por Jeshua.
Jeshua, com suas próprias palavras, nos contou sobre o mistério de tais energias:
"Eu gostaria de falar alguma coisa sobre a natureza do masculino e do feminino. Estas energias são dois aspectos do Um. Portanto, elas não são realmente opostas ou duais; elas são uma; elas são duas faces de uma energia.
terça-feira, 7 de junho de 2011
Assoprando poesia
Quando a gente vê poesia, a gente assopra por todos os cantos.
A grandiosidade da vida e de se olhar para ela bem ali no quintal de casa.
segunda-feira, 6 de junho de 2011
sábado, 4 de junho de 2011
terça-feira, 31 de maio de 2011
Ayurveda, "Art of being" parte I
Para conhecer e compreender o Ayurveda, e assim tirar suas próprias conclusões, aqui está a primeira parte de um filme que documenta esta ciência no dia-a-dia de quem a pratica há milênios, os próprios vaidyas indianos.
quinta-feira, 26 de maio de 2011
Do que é que você gosta?
Gosto de sentar na sala sob a luz fraca e olhar através da janela quando chove com sol, da profundidade da noite, da melodia e do silêncio da lua cheia. Gosto de deitar nos bancos de trás do carro sob a chuva...
Céu de plástico
O mundo parece estar sob sombras, o céu ainda é azul cerúleo, mas dum azul triste, de plástico. Sei que preciso mergulhar para dentro desse mar de estrelas, furar essa zona de tensão do povo terráqueo, mas nem sempre dá. Não é possível impor auxílio, seria uma opressão à liberdade de escolha.
(K)
quarta-feira, 18 de maio de 2011
"Ayurveda" by Arya Vaidya Pharmacy
Treatment of such diseases needs a holistic approach. Ayurveda is (5000 year old traditional treatment method of India) one such holistic system of treatment aiming at restoring the lost balance of the body (Balancing the vitiated vata, pitta & kapha), it differs from the conventional medical approach in the way that it takes the whole patient into account rather than just focusing on the symptom or the part of the body that has problem.
Do baú II Bizóie.
Quem é esta para quem todos olham?
O que pensam dela? O que ela pensa de si? Ela é o que?
O que sonha? Não sei. Qual o tom de sua crítica?
Como soa a opinião? Onde paira sua alma? Possui consciência? Em que pensas, criança? Há algo vivo neste corpo? Sei não.
Ah se pudesse vagar pelo mundo, pudesse fazer arte, fazer poesia, ah se o mundo valorizasse passividade e coisas belas, se houvesse mais tempo para viver o instante, se a vida durasse o bastante, se pudéssemos mudar para melhor, se ela parasse de pensar e apenas vivesse, se eu parasse de pensar e apenas vivesse. Que mundo é esse? Que ser sou eu? Corajoso é aquele que encara a vida...mas nem todos são fortes, por que sou tão fraca?
Venha cá criança, irei te responder.
domingo, 15 de maio de 2011
Escrita
Escrever: tirar foto com as palavras, e ainda modificar a realidade com elas, criar novas figuras de uma coisa que já existe e pode ser vista com os olhos de fora. As coisas que só podem existir no mundo das idéias, elas fotografamos com grafias e enxergamos de olhos fechados
(K)
No breu da noite,
Words flows like bubbles from the pen. The mind is tired, it's clear, I can see through it, I can see itself. I can talk to You perfectly, I can hear You loudly.
(K)
sexta-feira, 13 de maio de 2011
BizÓiem: "Liber Imago"
Liber (do Latim) = Livro, livre, liberdade
Imago (também do Latim) = Imagem, pintura, vulto, ideia...
Uma vez, enquanto estava inerte em meu caminho, e quando as perguntas eram a mais que as respostas, um ilustre desconhecido me deu um leve empurrão para dentro de tantas descobertas e outras perguntas mais. E ainda hoje não tem me permitido retornar à estagnação.
Imago (também do Latim) = Imagem, pintura, vulto, ideia...
Liber Imago = Livro das Ideias, Livro das Imagens, Ideias Livres, Imagens Livres, Vulto da Liberdade etc.
Uma vez, enquanto estava inerte em meu caminho, e quando as perguntas eram a mais que as respostas, um ilustre desconhecido me deu um leve empurrão para dentro de tantas descobertas e outras perguntas mais. E ainda hoje não tem me permitido retornar à estagnação.
Aqui está um fragmento extraido de sua página. Espero que apreciem e que encontrem outras preciosidades no Liber Imago, de Leonardo Triandopolis Vieira.
Continue bizOiando: Liber Imago - "Os 4 C's que resultam no grande A"
"Os 4 C's que resultam no grande A"
"Um singelo rascunho de como eu compreendo atualmente a vida. Contemplação. Compreensão. Carinho. Compaixão. Atributos essenciais para trabalharmos nosso Ser...
Dizem que a alma não tem idade, é plena. É o agora, nunca o antes ou o depois. Por isso a criança é plena, o jovem é pleno, o adulto é pleno e o idoso é pleno! Quem assim a vida vê, sabe que não existem amigos nem inimigos, apenas mestres. Todos nós somos grandes instrutores, e com todos aprendemos.
Sendo assim compartilho com vocês, mestres meus, uma fórmula que está me ajudando muito a descobrir sobre mim e a pacificar minhas atitudes! A fórmula é a seguinte:
c + c + c + c = A
O primeiro c significa contemplação; o segundo, compreensão; o terceiro, carinho e o quarto,compaixão. Estes quatro aspectos quando trabalhados interiormente, de forma a somarem-se no âmago de cada ser, resultam no A absoluto, que é pura e simplesmente Amor. Mas para entendermos melhor este amor com "a" maiúsculo é preciso discorrer um pouquinho mais sobre o que cada c representa."...
Continue bizOiando: Liber Imago - "Os 4 C's que resultam no grande A"
sexta-feira, 6 de maio de 2011
If I had my own world...
"Secret Crowds" por Angels & Airwaves
Se eu tivesse meu próprio mundo,
Eu o encheria com esperanças e desejos.
Um passado para se admirar.
E vozes de crianças passeando, cachorros,
Pássaros, aviões e carros.
Se eu tivesse meu próprio mundo,
Eu o amaria por tudo aquilo dentro dele.
Lá não haveria mais guerras, morte ou revoltas,
Lá não haveria mais polícia armada, estacionamentos lotados,
Armas, bombas fazendo barulho.
Se eu tivesse meu próprio mundo,
Eu construiria pra você um império.
Desde aqui até as terras distantes,
Para espalhar amor como violência.
Se eu tivesse meu próprio mundo,
Eu construiria pra você um império.
Desde aqui até as terras distantes,
Para espalhar amor como violência.
Me deixe te sentir, levar você as alturas,
Veja nossas palavras espalharem esperança como fogo.
Multidões secretas se levantam e se reúnem.
Escute nossas vozes cantarem mais alto.
Se eu tivesse meu próprio mundo
Eu mostraria pra você a vida que há dentro dele.
O jeito que ele brilha quando você o encontra.
O jeito que ele sobrevive com as suas famílias,
Seus amigos ou seus inimigos.
Vamos fazer deste, um novo mundo.
Eu juro que você pode ir lá se quiser,
Eu sei que você tem isso dentro de você,
Investindo no primeiro puro,
O maior milagre de Deus.
Se eu tivesse meu próprio mundo,
Eu construiria pra você um império.
Desde aqui até as terras distantes,
Para espalhar amor como violência.
Se eu tivesse meu próprio mundo,
Eu construiria pra você um império.
Desde aqui até as terras distantes,
Para espalhar amor como violência.
Me deixe te sentir, levar você as alturas,
Veja nossas palavras espalharem esperança como fogo.
Multidões secretas se levantam e se reúnem.
Escute nossas vozes cantarem mais alto.
Me deixe te sentir, levar você as alturas,
Veja nossas palavras espalharem esperança como fogo.
Multidões secretas se levantam e se reúnem.
Escute nossas vozes cantarem mais alto.
Me deixe te sentir, levar você as alturas,
Veja nossas palavras espalharem esperança como fogo.
Multidões secretas se levantam e se reúnem.
Escute nossas vozes cantarem mais alto.
Me deixe te sentir, levar você as alturas,
Veja nossas palavras espalharem esperança como fogo.
Multidões secretas se levantam e se reúnem.
Escute nossas vozes cantarem mais alto
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Um mundo pra chamar de seu...
No reino das palavras não existem regras, nem impossibilidades. Ali você pode ser pleno, ser tudo o que sempre quis, ser inclusive onisciente! Com calma, as palavras podem se moldar a você e através delas, podemos até tocar os feixes mais sutis de um ser. Então, ''penetra surdamente no reino das palavras, lá estão os poemas que esperam ser escritos. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra'', com as quais se pode inventar e concretizar até o misterioso infinito.
Traduzir-nos e com as palavras tornar concreto o que há dentro da gente. |
Então por que não se achega mais destas pequenas e com elas conte para mim...
Como é esse mundo que tem estado em eterna construção no seu imaginário?Ou então...como seria ele se fosse você o arquiteto do seu próprio mundo?
Ele é redOndo? Azul? Quais são as regras ou não regras? Do que seria feito o céu? Os rios? Mas haveria céu e rios? E o dia e a noite? E certo e errado? No seu mundo, o que seria realidade e sonho?
Eu lhes contarei algo do meu mundo: ele é pequeno por fora e grande por dentro, as nuvens são rosas de algodão doce e a chuva é caramelada, mas estranhamente, não é grudenta...
Mande o esboço deste seu mundo para mim! Vou adorar caminhar sobre ele por alguns instantes.
kazinha.okama@gmail.com
(K)
terça-feira, 3 de maio de 2011
Do baú. Bizóie.
Ele era um lago de lençóis transparentes, frescos e seguros. Era seguro por não tremer em ondas bravias como o mar. Era profundo, mas tinha suas partes rasas para quem quisesse evitar suas profundezas.
Aquela garota sempre ia sentar-se em suas margens. Adorava a brisa brincando com algumas mechas de mel dos seus cabelos. Passaria horas contemplando aquele azul sereno se pudesse. Jamais vira algo tão belo, puro e delicado como aquele lago. E todos iam até ele desfrutar de sua superfície e prainhas azuis, mas ninguém se atrevia a nadar em suas profundezas, buscar o chão de onde brotava toda aquela beleza. Havia lendas sobre monstros terríveis e um fantástico mundo sombrio naquele abismo. O povo dali julgava o lago assim. A garota, que sabia o que era o estigma de olhos alheios sobre seus mistérios, se identificava com o pobre lago. Ninguem queria de fato mergulhar em seus abismos.
segunda-feira, 18 de abril de 2011
O que é uma DOULA?
Doula é uma palavra de origem grega que ao pé da letra significa "escrava". Talvez o nome seja baseado no papel que as escravas possuíam cozinhando, cuidando da gestante, do recém-nascido e das outras crianças nos séculos passados. Hoje, como este termo é visto como pejorativo, Doula é traduzido como "aquela que auxilia a outra mulher" em relação ao parto. Ela pode ser uma mulher experiente, mãe, ou não, mas todas devem deter uma formação adequada.
Parto na Idade média |
Parto na antiguidade |
Por toda história, a mãe é cercada de outras mulheres no momento de dar à luz. Velhas formas artísticas mostram duas ou mais mulheres dando suporte à parturiente. Uma delas é a parteira, que cuida da segurança da mãe e bebê; já as outras ao lado da mãe, segurando-a e confortando-a, são a manifestação da doula moderna.
"Se há a parteira, então por que uma doula?".
A parteira e a doula têm cada uma o seu papel. A parteira cuida da parte clínica: acompanha a dilatação, os batimentos do bebê e pode diagnosticar um mal andamento do parto. É a enfermeira obstétrica quem pode assumir este papel. Já a doula é quem oferece aos pais todas as informações antes, durante e depois do parto; conhece a fisiologia da mulher e a melhor posição para cada momento do processo, oferecendo conforto físico e emocional para a mãe, bebê e pai. É a doula também quem facilita a comunicação entre a mulher, seu companheiro e os profissionais de saúde, sem nunca diagnosticar condições clínicas, oferecer segunda opinião ou conselhos médicos. A doula não projeta também seus valores e objetivos na parturiente, permitindo que ela tome suas próprias decisões.
A doula informa aos pais suas opções, cada qual com seus benefícios, riscos e intervenções: cesárea ou parto natural, uso ou não de anestesias, anestesia geral ou apenas local, parto em casa ou no hospital, presença de acompanhantes ou não, possibilidade de visitas após o parto, ficar com o bebê antes de se fazer os procedimentos padrões, pedido de banheiro com chuveiro, banheira...
A doula auxilia no plano de parto do casal de acordo com as escolhas destes. Lembrando que a doula jamais escolhe por ninguém, apenas oferece todas as informações necessárias para que os pais tomem as melhores decisões.
Ser doula hoje para que um dia as doulas não sejam mais necessárias.
As doulas cuidam da humanização do parto. Na realidade, todos os profissionais de saúde deveriam contribuir para o bem-estar emocional e físico do paciente, mas no parto moderno os médicos são as estrelas, são eles quem fazem o parto, sendo as mães quase que completamente excluídas deste processo. Muitas vezes a parturiente é tratada como frágil e incapaz de dar a luz e tolerar a dor do parto, tendo de obedecer às ordens dos médicos e enfermeiras, tão frios e mecânicos. Nos hospitais, elas andam em cadeiras de rodas, são postas deitadas (como dar a luz nesta posição tão dolorida e contra a força da gravidade?), recebem soro na veia ao colocarem os pés no hospital.
Muitas têm a oportunidade de ter parto natural, mas a qualquer delonga no processo, logo são encaminhadas à cesárea, muitas vezes desnecessariamente. Os médicos são formados para seguir protocolos e acreditam que toda mulher deve cumprir com um cronograma definido de nascimento. Não percebem que cada mulher é uma e que tudo deve ser acompanhado atentamente, mas sem nervosismo e ansiedades, que são causados por medo em relação a inúmeros mitos. Confiando plenamente em seus médicos, os quais lhes imbute temores (alguns falsos) em relação a este momento, elas seguem seus protocolos tortuosos. Sabemos que muitos médicos não fazem por mal, apenas seguem a instrução recebida durante seus anos de formação.
"Quais são os mitos do parto?". Para não deixar este post tão comprido, farei um outro exclusivamente para este tema.
O acompanhante e a doula trabalham em equipe
Nos anos 60, os maridos eram as doulas. Eram eles quem ofereciam conforto e segurança à sua esposa no trabalho de parto, mas nem todos tinham segurança em seu papel e se sentiam angustiados por não conseguirem prover acolhimento que a mulher necessitava, justo por não conhecerem o parto e seu processo.
Parto na água |
No parto em casa, a família inteira participa e pode compartilhar deste momento juntos. |
Não podemos desprezar a cesárea, ter aversão aos médicos, anestesistas e aos hospitais. Estes são indispensáveis e uma conquista imensa da medicina. Devemos sim nos atentar para o uso correto e humano de todas as ferramentas existentes. Distinguir o mito da realidade.
Dúvidas, comentários ou experiências para compartilhar serão muito bem-vindas!
(K)
domingo, 10 de abril de 2011
"John" - Quidam
Para você rir e também ficar de queixo caído!
Este é um dos atos do espetáculo ''Quidam'', do Cirque du Soleil.
Aproveitem!
Este é um dos atos do espetáculo ''Quidam'', do Cirque du Soleil.
Aproveitem!
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Artigo sobre 'porre' de informações do mundo moderno...divirtam-se
Assustadoramente posso eu carregar toda uma cultura, uma sociedade, o mundo por inteiro na ponta do indicador. Para acessar essa trouxa informativa, basta um toque e o monitor é possuído por informações. Posso inclusive folhear e enrolar noticias e estatísticas e enfiá-las no bolso. Todo um contexto paira gratuitamente no ar pelos rádios, tvs e intrigantes. Socorram minha memória e lixeira mentais! Elas se afogam em dados.
Seis contas de e-mail, perfil no Orkut, estamos no msn, no Skype, inúmeros jornais, revistas novas aparecendo e reaparecendo. Temos dois celulares, telefone fixo, saímos da frente do computador no trabalho, para ficar na frente do computador ou TV em casa. Trabalhos dão cada vez mais trabalho para serem cumpridos graças à multiplicidade e ao tempo tomado pelas informações antiquadas
Nessa nevasca de meios e fatos, não vemos um palmo à frente. O exagero impera e “aparece, em todos os campos da vida cultural, mas com força redobrada nos meios de comunicação massivos”. Concordo com Erich Felinto. E nós, donos de 10% de nosso cérebro, não absorvemos tudo que nos vêm.
Mentes se me disseres nunca ter opinado na Internet ou folhetim. Em forma de comentário ou artigo, em blogs, na wikipédia. Disseminar conhecimentos é tão fácil quanto distorcê-los. Nessa multidão de informações (distorcidas talvez) temos de avistar aquilo que queremos. Haja paciência e mãos de peneira. E das boas.
Notícias são tão efêmeras quanto picolés no verão. Vejamos as “noticias minuto a minuto” de grandes sites jornalísticos. Umas são, a todo instante, encobertas por retificações e porcentagens distintas. Ficamos cambaleantes com tanto ''porre'' de informações. Viremo-nos para onde quisermos. Em todo lugar há o mesmo assunto, mas dados conflitantes. A qual se agarrar?
Estou doente, dor de cabeça, febre, dor no corpo...médico é coisa do passado. A Internet diz ser uma simples virose...Ufa, dengue não é. E mais tarde, outra guinada na estatística. Hoje, qualquer patologia pode ser estudada pela rede ou revista. Nisso, a resposta encontrada pode ser terrivelmente superficial ou levar a outros problemas pela auto-receita ou digamos, pela mente de quem crê nestas auto-consultas online.
“Café com pão\ café com pão\ café com pão”. E os trilhos modernos se vão cada vez mais rápidos, acolhendo, em sua trajetória, mais e mais notícias, dados, baboseiras. É inevitável. E agora? Inutilidades também imperam. O que fazer quando a ajuda se torna empecilho?
Seis contas de e-mail, perfil no Orkut, estamos no msn, no Skype, inúmeros jornais, revistas novas aparecendo e reaparecendo. Temos dois celulares, telefone fixo, saímos da frente do computador no trabalho, para ficar na frente do computador ou TV em casa. Trabalhos dão cada vez mais trabalho para serem cumpridos graças à multiplicidade e ao tempo tomado pelas informações antiquadas
Nessa nevasca de meios e fatos, não vemos um palmo à frente. O exagero impera e “aparece, em todos os campos da vida cultural, mas com força redobrada nos meios de comunicação massivos”. Concordo com Erich Felinto. E nós, donos de 10% de nosso cérebro, não absorvemos tudo que nos vêm.
Mentes se me disseres nunca ter opinado na Internet ou folhetim. Em forma de comentário ou artigo, em blogs, na wikipédia. Disseminar conhecimentos é tão fácil quanto distorcê-los. Nessa multidão de informações (distorcidas talvez) temos de avistar aquilo que queremos. Haja paciência e mãos de peneira. E das boas.
Notícias são tão efêmeras quanto picolés no verão. Vejamos as “noticias minuto a minuto” de grandes sites jornalísticos. Umas são, a todo instante, encobertas por retificações e porcentagens distintas. Ficamos cambaleantes com tanto ''porre'' de informações. Viremo-nos para onde quisermos. Em todo lugar há o mesmo assunto, mas dados conflitantes. A qual se agarrar?
Estou doente, dor de cabeça, febre, dor no corpo...médico é coisa do passado. A Internet diz ser uma simples virose...Ufa, dengue não é. E mais tarde, outra guinada na estatística. Hoje, qualquer patologia pode ser estudada pela rede ou revista. Nisso, a resposta encontrada pode ser terrivelmente superficial ou levar a outros problemas pela auto-receita ou digamos, pela mente de quem crê nestas auto-consultas online.
“Café com pão\ café com pão\ café com pão”. E os trilhos modernos se vão cada vez mais rápidos, acolhendo, em sua trajetória, mais e mais notícias, dados, baboseiras. É inevitável. E agora? Inutilidades também imperam. O que fazer quando a ajuda se torna empecilho?
(K)
quarta-feira, 6 de abril de 2011
Bizóie: Compaixão, do Livro das Virtudes.
No campo havia uma casa onde morava uma garotinha de longos cabelos dourados, seu pai e sua avozinha. No entanto, o quarto da avó ficava do lado da casa onde sol algum havia.
Quando a garotinha estava no jardim, uma certa manhã, sentiu os raios dourados e quentes do sol em seus cabelos louros. Sentou-se e viu os raios em seu colo.
- Vou apanhá-los com meu vestido - pensou - e levá-los até o quarto da vovó. - Então ela se levantou e correu para dentro da casa.
- Veja, vovó, veja! Eu trouxe uns raios de sol para você -, ela gritou. E abriu o vestido, mas não havia mais raio de sol.
- O sol vem nos seus olhos, minha criança - disse a avó - , e ele brilha nos seus ensolarados cabelos. Eu não preciso de sol quando tenho você comigo.
Ela não entendia como o sol podia vir em seus olhos. Mas ficava contente de fazer sua querida avó feliz.
Todas as manhãs, ela brincava no jardim. Então corria para o quarto de sua avó para levar-lhe o sol nos seus olhos e cabelos.
(Tradução de Lia Neiva)
Do "Livro das virtudes para crianças", William J. Bennett.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Japão, por Monja Coen
Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.
Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.
Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos – mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água. Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte. Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas. O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.
Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.
Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.
Mãos em prece (gassho)
Monja Coen
Um Povo Heroico
" Nunca se vira tamanha compostura e dignidade diante da desgraça. Nenhuma revolta, nem sombra de saques aos estabelecimentos. Muitos deles baixaram os preços, mesmo com os alimentos e outros produtos escassos."
"As palavras que mais se pronunciam aqui são: gambaru (vou me empenar, fazer o melhor que posso), gamam (vou aguentar, ter paciência), kansha (gratidão), tasukeai (cooperação mútua)."
"As próprias vítimas dizem que devem ser os primeiros a se ajudar mutuamente, porque sabem quanto o outro está sofrendo. (...) Cada um contribui da melhor forma para amenizar tanta dor."
"O perigo não passou, mas os japoneses, que perderam brutalmente pessoas amadas, bens, documentos, cidade, lavouras, hospitais, já começam a falar em reconstrução e esperança."
"Somos bilhões de formiguinhas aflitas correndo de um lado para o outro pelo globo terrestre. Às vezes, em situações-limites, as formiguinhas se tornam gigantes."
"As palavras que mais se pronunciam aqui são: gambaru (vou me empenar, fazer o melhor que posso), gamam (vou aguentar, ter paciência), kansha (gratidão), tasukeai (cooperação mútua)."
"As próprias vítimas dizem que devem ser os primeiros a se ajudar mutuamente, porque sabem quanto o outro está sofrendo. (...) Cada um contribui da melhor forma para amenizar tanta dor."
"O perigo não passou, mas os japoneses, que perderam brutalmente pessoas amadas, bens, documentos, cidade, lavouras, hospitais, já começam a falar em reconstrução e esperança."
"Somos bilhões de formiguinhas aflitas correndo de um lado para o outro pelo globo terrestre. Às vezes, em situações-limites, as formiguinhas se tornam gigantes."
por Lya Luft, Veja 30 de março de 2011.
Retrato em grafias
Ravinas do tempo marcando sua pele, as dores dos últimos tempos amarrotados por entre as sobrancelhas franzidas. Um olhar vago a reescrever o passado, uma lágrima percorrendo silenciosa, em protesto: o coração do amado ainda em suas mãos enquanto a alma fora entregue a Deus. Ainda assim, desespero era ali antítese, havia apenas sua alma esperando o sopro pela liberdade.
Cada vinco de sua pele uma bela pétala perfumada, o da face marcava inteligência da alma, pura e terna, os das mãos, trabalho e honra. Por fora, sabedoria e calma, traços delicados ainda permaneciam ali, e por dentro, frescura quieta e ainda o amor. Pele pálida, lábios finos e sem cor, cabelos marfim em cascata pelos ombros, os olhos chorosos a doar ternura.
Não fora bela, não fora aclamada, porem fora amada como se. O mundo inteiro colocado como recanto e afeto verdadeiro. Os músculos da face ajeitados num sorriso de mona lisa traduziam felicidade pelo que já foi e pelo avistamento do ponto, e fim de virgulas. Era hora de paz e alegria, lhe substituindo os vulgos imaginares do fim.
(K)
Foto em grafias
Veja. A inocência abandonada em gélidos trilhos de ferro. Sim, ela está a sós com suas desgraças; aquelas que demo-la de presente. Tão jovem e sem forças para, nem ao menos, inventar seu mundo infantil, sem estes tons de cinza.
Dela, nós, enquanto sociedade, sugamos tudo, inclusive magia. Restaram pele e osso, olhos para chorar o mundo, e nossa arrogância para ignorá-la.
Não, estes olhos perdidos e chorosos não podem ser da inocência. Eles só vêem um mundo bagunçado e inacabado, em eterna construção. Sempre em desenvolvimento. Estes trilhos que eles enxergam terminam dentro dela mesma, sem rumo.
E este céu sobre sua cabeça... Até o azul é injusto. E o sol, paradoxalmente infeliz.
As vezes nao podemos entender as escolhas da humanidade nem as de Deus, mas nem por isso ou pela impotência de um dentre milhões um rapaz pode deixar de se sentar, em silencio, ao lado da alminha bordada de dores e tão forte. A criança apenas o observava.
Dela, nós, enquanto sociedade, sugamos tudo, inclusive magia. Restaram pele e osso, olhos para chorar o mundo, e nossa arrogância para ignorá-la.
Não, estes olhos perdidos e chorosos não podem ser da inocência. Eles só vêem um mundo bagunçado e inacabado, em eterna construção. Sempre em desenvolvimento. Estes trilhos que eles enxergam terminam dentro dela mesma, sem rumo.
E este céu sobre sua cabeça... Até o azul é injusto. E o sol, paradoxalmente infeliz.
As vezes nao podemos entender as escolhas da humanidade nem as de Deus, mas nem por isso ou pela impotência de um dentre milhões um rapaz pode deixar de se sentar, em silencio, ao lado da alminha bordada de dores e tão forte. A criança apenas o observava.
(K)
segunda-feira, 4 de abril de 2011
Páginas em Branco
Estas páginas em branco me atiçam agonia. A mente se atrofiou....Meias palavras, ralas e pálidas deslizam dali vagarosamente, numa dificuldade de se apegarem ao papel. As imagens que imprimi em tantas páginas usando grafias do pincel já não me pertencem e após me esvaziar, pensando que me completaria novamente, perdi todos os meus materiais de arte. Tento me chamar de volta, mas não me encontro. Meu fio de prata se partiu ou esqueceu de me trazer de volta a mim mesma. E agora...
(K)
domingo, 3 de abril de 2011
Quidam
Primeiro ato
Enredo
Uma jovem enfurece-se; ela já viu tudo o que há para ver e o seu mundo perdeu todo o significado. A sua raiva despedaça o seu pequeno mundo e ela encontra-se no universo do Quidam. A ela junta-se personagens misteriosos que vão tentar seduzi-la com o maravilhoso, o inquietante e o aterrador. Papai e mamãe também têm o seu momento, o fascínio de enxergar e viver novamente. Sentir o sopro de vida como sente uma criança. Perdido atrás das folhas de seu jornal, escondido em sua sala, Papai irá, enfim, abrir os olhos e ver-se rodeado por sua família e entes queridos mais uma vez.
Sentindo-se alienada, Mamãe logo descobrirá a intensa sensação de estar viva por meio da dor e da coragem, da alegria e do amor.
Trilha sonora
A música de Quidam é de uma intensidade dramática notável, com influências que variam entre a música clássica e os sons mais contemporâneos.
Inclui a voz de um homem e de uma criança, o qual dá mais textura e contraste à música. O solista masculino é Mathieu Lavoie, e Audrey Brisson-Jutras, de 11 anos e filha do compositor Benoit Jutras, canta a parte da criança e toca violoncelo.
Seis músicos tocam uma série de instrumentos, incluindo percussão, saxofones, sintetizadores, guitarras eléctricas, guitarras clássicas e instrumentos de cordas.
sábado, 2 de abril de 2011
Do Evangelho segundo Tomé o Dídimo.
Jesus disse: "Aquele que busca continue buscando até encontrar. Quando encontrar, ele se perturbará. Ao se perturbar, ficará maravilhado e reinará sobre o Todo."
(Texto Gnóstico encontrado em Nag Hammad, em 1945)
sábado, 26 de março de 2011
Pequeno príncipe do terceiro mundo
O PEQUENO PRÍNCIPE DO TERCEIRO MUNDO
(Denise Santiago)
Tenho a alegria dentro de mim
A maior riqueza que uma terra pode dar
Venho de longe, de um ponto perdido no mapa
Meus versos ecoam por todos os mundos
Transformo palavras em sentimentos
Falo todas as línguas, interpretando o amor
Sou uma criança cheia de sonhos
Passeio sem medo na escuridão das noites
Descanso meus pensamentos nas asas da imaginação
As portas se fecham, as portas se abrem
Não me importo, sempre encontro uma saída
As dores não duram mais que um segundo
O remédio que me cura é milagroso
Vivo sob a proteção dos céus
E de um coração puro que abriga uma sereia
Que me empresta a sua voz
Vim para ficar
Rasgo o seu livro cheio de regras
Suspendo todas as guerras
Em nome de um Deus que você esqueceu
Meus desejos se realizam apoiados na fé
A missão que eu tenho é maior do que eu
Sou apenas um poeta, neste pequeno mundo meu
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
(K)
Pequeno espirro de reflexões
E como num susto, uma luz para todas as dores do mundo vem até mim em uma descarga e tudo fica azul. O ar mais leve. Mas ainda que eu tente evitar, o sono me desconecta para um novo dia e ao abrir dos olhos, torço para que ainda esteja no paraíso. E quando me decepciono, tenho a oportunidade de escalar até esse doce lugar por aventura e esforço próprios.
(K)
terça-feira, 22 de março de 2011
segunda-feira, 21 de março de 2011
Tip 4 u
Um site que engloba vários assuntos de um ponto de vista interessante!
De cultura, cinema, música até fama via internet, reportagens sobre intercâmbios, e outros.
Bizóie: "Outros Olhos"
De cultura, cinema, música até fama via internet, reportagens sobre intercâmbios, e outros.
Bizóie: "Outros Olhos"
domingo, 20 de março de 2011
segunda-feira, 14 de março de 2011
Ela caminha sobre estrelas...
...a cada salto, menos menina e mais constelação. Assim ela caminha. Se dissolvendo, ouve em suave sussurro o som infinito vindo mágica e contraditóriamente do vácuo sem fim; o som de tudo e agora também o seu.
As palavras não ditas, palavras tatuadas feito feridas e desentendidas caem de seus olhos verde-mar. Sendo lavadas em lágrimas, soletram-se salgadas do céu...
Onde pingam suas salgadas gotas, brota-se uma pequena vida. Delicada. Porém há força em sua fragilidade, pois apenas das mais amargas lágrimas pode-se erguer as mais imponentes, e belas fortalezas.
Tornado seu sal belos jardins, com a doçura que há, ela pinta o crepúsculo de rósea aquarela, cujos raios penetram os olhos atentos que passam e ali se expandem, se fixam, como uma doce semente pronta para os religar ao infinito. Sementes todas de amor.
E quanto mais ela se doa, mais tem dentro de si.
As palavras não ditas, palavras tatuadas feito feridas e desentendidas caem de seus olhos verde-mar. Sendo lavadas em lágrimas, soletram-se salgadas do céu...
Onde pingam suas salgadas gotas, brota-se uma pequena vida. Delicada. Porém há força em sua fragilidade, pois apenas das mais amargas lágrimas pode-se erguer as mais imponentes, e belas fortalezas.
Tornado seu sal belos jardins, com a doçura que há, ela pinta o crepúsculo de rósea aquarela, cujos raios penetram os olhos atentos que passam e ali se expandem, se fixam, como uma doce semente pronta para os religar ao infinito. Sementes todas de amor.
E quanto mais ela se doa, mais tem dentro de si.
(K)
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